terça-feira, 31 de agosto de 2010

Limite da Propriedade da Terra: plebiscito e movimento - Por Vítor Lucena


“Você concorda que as grandes propriedades de terra no Brasil devem ter um limite máximo de tamanho?” Entre 1º e 7 de setembro, a sociedade brasileira será convidada a responder essa pergunta. Em todo país, já têm início uma série de debates, formações, e preparação para este que será mais um grande plebiscito promovido pelos movimentos sociais do campo e da cidade em todo Brasil.

                                                
A Campanha Nacional pelo Limite de Propriedade da Terra, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar, organizada desde 2000 pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), aproveita este momento político intenso na sociedade para enfrentar o tema do latifundio no Brasil, e afirmar qual projeto agrário de país o povo deseja e necessita.

A campanha também intensificará a luta pra incluir na Constituição Federal por Emenda Constitucional um dispositivo que limite a terra rural em 35 módulos fiscais, sendo as maiores que essas automaticamente incorporadas ao patrimônio público. A aprovação da emenda afetaria somente pouco mais que 50 mil proprietários de terras, e resultaria em mais de 200 milhões de hectares de terra para o assentamento de famílias camponesas sem terra.

O latifúndio voltado para o agronegócio e exportação é grande responsável pela concentração de terra no Brasil, e nosso país a segunda maior concentração fundiária do mundo. Metade das propriedades rurais no Brasil são de dimensões de agricultura familiar (menos de 10 hectares) e ocupam apenas 2,36% da  área do país, enquanto 2,8% são latifúndios e ocupam 56,7% extensão territorial agricultável do país. Ainda assim, a agricultura familiar representa 74,4% das pessoas ocupadas no campo e 70% dos alimentos produzidos para os brasileiros. Soma-se a isso o grande desastre ambiental que o agronegócio promove, ao ampliar a fronteira agrícola e devastar o meio-ambiente ainda preservado no Brasil. 
Debater esses temas durante o Plebiscito significa desmascarar a atual farsa do “milagre econômico” atribuída à agricultura empresarial para a exportação. É uma oportunidade dos movimentos entrarem com uma pauta concreta e unificada no debate político nacional, e comprometer os candidatos ao legislativo e executivo com a pauta da agricultura camponesa. Poderemos massificar da urgência da reforma agrária enquanto programa de governo, e da agricultura familiar como política de Estado permanente no Brasil. Será preciso muita mobilização, luta e pressão social, pois que em todas as esferas do poder público há resistência à democratização da terra pelo setor agrário-conservador, apoiado pela mídia empresarial.
As universidades também não podem ficar de fora. Os estudantes precisam conhecer o Plebiscito e a Campanha, organizar comitês nos seus locais de estudo, divulgar nas suas redes sociais (reais e virtuais) e de fato montar as mesas de votação que coletarão a opinião do povo sobre o tema. Por fim, o Plebiscito culminará em grandes atos em todo Brasil, no dia 7 de Setembro, junto ao Grito dos Excluídos. 
E a campanha não termina com o Plebiscito. É importante levar essa pauta a todos os fóruns do movimento estudantil, massificar essa idéia, e articular o conjunto dos estudantes e da juventude para aderir à proposta. Com a unidade dos trabalhadores do campo e da juventude, teremos força para as lutas pela liberdade e justiça para o povo brasileiro.

DEMos ameaçam o ProUni

O que aconteceria se 700 mil estudantes universitarios de baixa renda perdessem suas bolsas integrais na faculdade? Não sabe?
Mas o pessoal do DEM está doido pra saber. Eles entraram com um processo pedindo a extinção do ProUni, o que faria com que inclusive os estudantes já matriculados perdessem este auxilio do Governo Federal. Isto faz parte de um processo de controle da população através da falta de conhecimento. Se você também se indignou com esta mensagem espalhe esta noticia e ajude a manter os DEMos longe deste direito adquirido em prol da população de baixa renda.

Saiba mais em: http://ow.ly/2xqz8

terça-feira, 17 de agosto de 2010

COTAS: DeBaTe & AçÃo!

Grêmio Estudantil Henrique Lage

UEES-RJ UEE-RJ UBES

As Ações Afirmativas foram aprovadas na UFRJ, junto com a adoção do ENEM/SiSU na sua seleção.

A Reserva de Vagas para estudantes de Escolas Públicas e as Cotas Raciais fazem parte destas ações de democratização do Ensino Superior, mas que ainda trazem muitas dúvidas e opiniões divergentes.

- E Aí? Qual a sua opinião?

- Venha Debater Conosco!

  • Quando? quarta-feira, 18 de Agosto
  • Que horas? 17:30 hs
  • Onde? Sala de Multimídia da ETE Henrique Lage

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Conquistada a reserva de vagas para oriundos de escolas públicas na UFRJ

A UFRJ vai adotar o sistema de cotas, para facilitar o ingresso de estudantes de baixa renda familiar e oriundos do sistema público de ensino. O benefício será válido, já para o ano de 2011. A proposta que foi aprovada na reunião do Conselho Universitário (Consuni) desta quinta-feira, prevê ainda a manutenção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como uma das formas de acesso, e a adesão da universidade ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

As questões mais específicas, como o percentual de vagas destinadas ao regime de cotas e a política de assistência estudantil necessária à permanência dos estudantes pela política diferenciada de acesso, não chegaram a ser definidas e serão discutidas na próxima quinta-feira.

A proposta original, encaminhada pela Reitoria, previa que 50% das vagas da UFRJ seriam distribuídas de acordo com o SiSU e as notas do Enem, sendo a metade restante oferecida em uma prova discursiva, seguindo o modelo tradicional de avaliação da UFRJ. Dentre as vagas do Enem, 20% seriam destinadas e estudantes do sistema público de ensino e com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio, perfazendo 10% do total de vagas.

Quatro em cada cinco pessoas que concluem o ensino médio no Rio de Janeiro, são da rede pública de ensino, mas 54% dos inscritos no concurso da UFRJ são estudantes de escolas particulares, o que indica que muitos estudantes da rede pública não tentam ingressar na universidade, mesmo com a gratuidade do último exame.

Apenas 6,29% dos estudantes da rede estadual de ensino conseguiram ser aprovados no último concurso de acesso à graduação na UFRJ, 12,32% daqueles oriundos de escolas particulares e 17,31% da rede pública federal de ensino médio.Esse bom aproveitamento das escolas federais levou o professor Marcelo Paixão, representante do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) a propor que as cotas sejam restritas às escolas estaduais.

O professor Marcos Cavalcanti, representante do Centro de Tecnologia (CT), argumentou que o critério proposto para o recorte por renda familiar deveria ser revisto. De acordo com Cavalcanti, apenas os 10% mais ricos do país têm renda familiar per capita acima de um salário-mínimo e meio. Segundo dados do professor, a renda que realmente divide o país é de 300 reais per capita. Metade dos brasileiros teria renda inferior a esse limite e a outra metade superior.

O reitor Aloísio Teixeira enfatizou que a proposta discutida terá caráter experimental, sendo adotada em 2011 e ensejando debates posteriores mais profundos. O reitor destacou que mesmo que a universidade como um todo tenha um percentual superior a 10% de estudantes dentro do perfil proposto, isso não se dá em cursos como medicina e direito, nos quais a adoção desse percentual já seria uma medida claramente democratizante.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nasceu o OUSADIA VERDE!


Nasce mais uma vertente do Movimento Ousadia, o OUSADIA VERDE! Afinal de contas, ousamos pra mudar o país, pra aglutinar ideias, pra transformar a sociedade, pra unir os jovens, pra construir uma país mais justo, pra reclamar e agir e agir e reclamar até quando for preciso. Nesse intuito, nasceu o OUSADIA VERDE, seguimento do nosso movimento que trará o debate sobre as questões ambientais (fundamentais para o planeta Terra) e também pra colocar em prática aquilo que pensamos que deve ser feito pelo nosso país e planeta! Que tal começarmos pelo nosso bairro?! Mal nascemos e no dia 28 de agosto teremos nossa 1ª ação que trará o início de um roteiro de limpeza das praias cariocas e destinação dos materiais recolhidos para cooperativas de catadores. Como Tim Maia, iremos do Leme ao Pontal limpando as praias e conversando com os banhistas e frequentadores da orla sobre a importância da preservação de nossos espaços naturais. Então é isso, 28 de agosto! É OUSADIA!!!!!!

Ato de Juventudes com Dilma na Cidade de Deus

Neste sábado, dia 7 de agosto aconteceu na Cidade de Deus uma grande agenda jovem com a candidata a Presidência da República, Dilma Rousseff; onde foi apresentada a plataforma da juventude brasileira para a presidenciável. Estiveram presentes os Ministros Luis Dulci; Alexandre Padilha; Orlando Silva; Nilcéia Freire; o Secretário de Juventude da Presidência, Beto Cury e diversos representantes das juventudes partidárias do campo popular democrático. A Secretária Nacional de Juventude do PT, Severine Macedo destacou: 'o maior desafio da juventude brasileira é dar continuidade às ações que construirão um país mais justo, soberano e progressista, como era, foi e é o projeto do governo Lula."