sexta-feira, 15 de maio de 2009

Congressos (UNE e UEE)

O que acontece lá?!
Desde sua fundação, a União Nacional dos Estudantes se empenhou em formular um projeto de reforma universitária que democratizasse o acesso a universidade e que fizesse com que nossas instituições de ensino superior cumprissem sua função social de discutir e contribuir com a sociedade brasileira. Durante as ultimas sete décadas, estudantes de todo o país se reúnem bienalmente para pensar a educação brasileira e eleger os novos diretores da UNE. Mas o Congresso é só isso? Claro que não! A UNE durante toda sua história não se resumiu a discutir somente a educação superior de nosso país. Podemos lembrar a luta na campanha “O Petróleo é nosso!”, da luta pela redemocratização do nosso país durante o regime militar e os cara-pintada que acabaram por derrubar o presidente Fernando Collor de Melo. A derrubada de Collor foi um movimento que teve a UNE como protagonista e que marcou profundamente a história do nosso país.
Já dá pra imaginar que são inúmeros os debates travados durante o CONUNE, desde conjuntura nacional, até questões como aborto e homofobia. Lá a posição dos estudantes sobre os temas que os afetam ficam claras e os rumos da próxima gestão da entidade são traçados. Obviamente rolam eventos de entretenimento, afinal “a gente não quer só comida, a gente quer comida, DIVERSÃO e ARTE”. Desde já o Movimento Ousadia lhe convida para participar do 51° Congresso da UNE que ocorrerá nos dias 15 à 19 de julho de 2009.

Congresso UEE
Com o tempo tornou-se notória as peculiaridades regionais e a necessidade da criação de entidades estaduais de representação estudantil. No começo da década de 90 a União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ) foi reconstruída e teve em sua ultima gestão seu ponto alto no encontro dos estudantes do PROUNI e na primeira Bienal de Arte e Cultura da UEE-RJ. Vivemos agora, a possibilidade de aprovarmos o meio passe para os estudantes universitários do município do Rio de Janeiro. Nos mesmos moldes da UNE, o congresso da UEE debate umas série de temas e traça o planejamento para os próximos dois anos responsabilizando os diretores eleitos em sua plenária final pelo cumprimento do mesmo. Os estudantes da Universidade Estácio de Sá, maior instituição de ensino superior de nosso estado, não podem deixar de se representar nesses congressos, por isso precisamos ousar e apresentar soluções para os problemas sociais, políticos, econômicos e educacionais de nosso estado e país!

...e vale de quê?
Nestes congressos também serão votados os representantes da UNE e da UEE. Isto significa que esta é uma oportunidade de colocarmos nestas instituições um representante de um movimento atuante em nossa universidade.Atualmente temos representante do nosso movimento apenas na UNE.Somente junto com os demais alunos poderemos reforçar nosso trabalho e representação.

Nossas Bandeiras:
Nos últimos anos nós, estudantes, conseguimos obter algumas vitórias, como o PROUNI - que democratizou o acesso ao ensino superior privado, o REUNI - que abriu novas vagas na Universidade Pública e viabilizou novos investimentos na Educação Superior.Ainda assim, a educação superior continua a ter graves problemas como a mercantilização do ensino, a falta de programas de apoio e incentivo à permanência do estudante na universidade e a falta de regulamentação do ensino superior privado, entre outros. Por conta desses e tantos outros problemas que nos afetam no dia a dia, o Movimento Ousadia conclama a todos os estudantes que levantem conosco as seguintes bandeiras:

- Meio Passe Universitário
Durante a campanha eleitoral para a disputa da vaga a prefeitura da capital, o então candidato Eduardo Paes prometeu a implementação do meio passe universitário. Contudo, sabemos da força que as empresas de ônibus possuem, por isso temos que nos mobilizar para garantir a implementação do meio passe, lutando para que ele seja o mais amplo possível, e que não sofra qualquer limitação que prejudique o estudante. Nos do Movimento OUSADIA entendemos que este tema é central na construção de uma política de assistência estudantil, no combate a evasão no ensino superior e na construção de uma Universidade mais democrática. Defendemos também a implementação do Meio Passe em outros municípios do Estado do Rio de Janeiro, bem como a construção do Meio Passe Intermunicipal.

- Regulamentação do Ensino Privado
Estamos vivendo uma época em que a educação é cada vez mais tratada como mercadoria, cada vez mais Instituições de Ensino se tornam empresas preocupadas apenas com lucro, verdadeiras fábricas de diplomas. Nós acreditamos em uma Universidade que produza conhecimento, que cumpra sua função social, que busque formar a geração que será o futuro da nossa sociedade, que cobre preços justos e que possua qualidade de ensino. Por isso propomos:
* Aprovação da Lei de Mensalidades da UNE.
* Mais Investimentos em Pesquisa.
* Maior interação com a comunidade.
* Valorização dos professores.
* Fim de disciplinas a distância nos cursos presenciais.
* Melhores condições de infra-estrutura nos campi.

- Luta Pela Meia Entrada
Está tramitando no Congresso Nacional a lei que regulará a Meia Entrada em atividades culturais e esportivas. Setores ligados às grandes redes do entretenimento do país estão propondo a limitação de 40% dos ingressos disponíveis para a Meia Entrada, além da obrigatoriedade da compra com 24 horas de antecedência. Acreditamos que com tais medidas a Meia Entrada será apenas letra morta: sua efetiva aplicação seria inviável. Por isso somos contra essas barreiras e defendemos a Meia Entrada ilimitada para todos os estudantes. Defendemos também, maior rigor na emissão de carteiras de estudante, bem como o fim de entidades cartoriais que só existem para a emissão destas, e que a exclusividade da confecção e da distribuição destes documentos caiba à rede do Movimento Estudantil.

- Mais Vagas nas Universidades Públicas
Hoje quase 80% das vagas na Universidade estão concentradas nas instituições privadas. Essa distorção, problema grave que cada vez mais concentra a aquisição de conhecimento nas mãos dos que tem maior poder aquisitivo foi criada por políticas equivocadas e precisa ser combatida com a criação de mais vagas e de uma política mais clara e justa de iserção dos jovens de todas as camadas sociais na Universidade Pública. Entendemos que o REUNI contribuiu para a mudança desse quadro ao ampliar fortemente as vagas no ensino público, mas acreditamos que é preciso fazer mais.
* Ampliação de Vagas nas Universidades Estaduais.
* Criação de Universidades Municipais.
* Construção de novos campi nas universidades Federais.
* Democratização das formas de ingresso.

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